sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Tropa de elite: mulheres comuns, dos 15 aos 76 anos, recebem treinamento pesado do Bope. Tudo em prol do bem-estar e da qualidade de vida!!


A partir da esquerda: Valdete, Hilsa, Neuza Maria e Elisabete. Elas são osso duro de roer! Foto: Fabiano Rocha/ Produção: Rosângela Alvarenga
Naiara Andrade
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Toda terça-feira, quinta e sábado, o treinamento na sede do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), em Laranjeiras, começa impreterivelmente às 7h30m. Quem se atrasa tem que pagar mais algumas sessões de musculação e aeróbico. A rígida disciplina, acompanhada de alongamentos, flexões, abdominais e caminhadas de até 10km, mata adentro e morro acima, além de corridinhas esporádicas na areia da praia, fazem parte dessa "dura rotina de exercícios físicos", como mesmo define o cabo Marcos Alessandro Campelo, de 40 anos, o homem à frente dessa turma. O único, aliás. Explica-se: em vez dos musculosos "caveiras", os famosos policiais vestidos de preto, a tropa de elite em questão é formada por aproximadamente 70 mulheres, com idades entre 15 e 76 anos, em sua maioria moradoras da comunidade Tavares Bastos, vizinha ao quartel. Elas integram o Ginásticas Especiais, projeto que há três anos tem por objetivo incentivar a qualidade de vida.
— A ideia inicial era trabalhar com a terceira idade, mas hoje temos participantes de todas as faixas etárias. As "meninas" são de uma força incrível! Maridos, filhos e netos vêm, tentam acompanhar o pique delas, mas sempre desistem no meio do caminho — conta Campelo, admirado com a disposição das animadas alunas: — As três mais idosas do grupo foram apelidadas de "00", "01" e "02". Enquanto elas estão na atividade, as outras estão proibidas de parar!
As alunas se exercitam, sob o comando do Cabo Campelo
As alunas se exercitam, sob o comando do Cabo Campelo Foto: Fabiano Rocha
"Emagreci dez quilos depois que passei a me exercitar aqui. O cansaço, as dores nos joelhos e as tonturas acabaram. E levei a disciplina que aprendi com os homens do Bope para dentro de casa: minha filha vive falando que eu estou virando um sargento!"
Neuza Maria Pessanha tem 52 anos, é dona de casa e moradora da Tavares Bastos
"Trabalhei a vida toda como costureira, e a dor nas costas sempre foi minha companheira... até eu começar a me exercitar aqui. Tudo melhorou! Não tomo remédio, não sou diabética nem hipertensa, e minha cabeça está ótima"
Hilsa Sardinha Costa, a "02", tem 66 anos, é dona de casa e moradora da Tavares Bastos
"Tenho quatro filhos, sete netos e um bisneto. Incentivo todo mundo a praticar exercícios, mas eles dizem que nunca têm tempo. Eu não falto ao projeto, isso aqui faz muito bem para meu corpo e minha cabeça. Quando chego em casa, sou pura disposição"
Valdete Raimunda da Silva, a "01", tem 71 anos, é dona de casa e moradora da Tavares Bastos
"Tenho amigas na Tavares Bastos, e foram elas que me indicaram o projeto. Amizade boa é assim! Tenho hérnia de disco, tive nódulo na tireóide, mas hoje me sinto ótima! Tiro onda de saudável com meus filho’s, e encontrei aqui uma nova família. Me sinto mãe desses policiais"
Elisabete Almeida tem 60 anos, é dona de casa e moradora do Flamengo
As atividades acontecem na sede do Bope, em Laranjeiras, e em espaços ao ar livre
As atividades acontecem na sede do Bope, em Laranjeiras, e em espaços ao ar livre Foto: Simone Marinho
Também vai pegar você! O projeto é gratuito e está aberto a quem quiser participar. Os(as) interessados(as) devem comparecer à sede do Bope (Rua Campo Belo 150, Laranjeiras). Lá será realizada uma avaliação física detalhada e solicitado um atestado médico. “Os iniciantes começam num ritmo moderado de atividade física e vão evoluindo aos poucos”, afirma o Cabo Campelo.


Leia mais: http://extra.globo.com/noticias/tropa-de-elite-mulheres-comuns-dos-15-aos-76-anos-recebem-treinamento-pesado-do-bope-tudo-em-prol-do-bem-estar-da-qualidade-de-vida-2577348.html#ixzz1anSM3K00

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