sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Mulher tropa de elite, osso duro de roer


 

Quem vê essa manauara à paisana ao lado da ginasta Daiane dos Santos na foto não imagina a sua profissão. Soldada da Polícia Militar do Amazonas e membro da Força Nacional de Segurança, Socorro Vasconcelos é a nossa personagem da semana para o quadro Lugar de Mulher. “Minha profissão envolve tudo que você tem medo. Trabalho com assaltos, rebeliões e sequestro. Depois, saio tranquila e vou ao cinema.”

Socorro sempre achou que levava jeito para as forças militares. “Minha palavra de ordem é adrenalina. Além disso, sempre fui certinha, organizada e gostava de disciplina". Aos 20 anos, ela resolveu colocar essa aptidão em prática. Fez o concurso para a Polícia Militar e, disputando vaga com mais 300 mulheres, conseguiu passar em segundo lugar. Na sua turma, mais 30 bravas guerreiras. “Naquela época as mulheres eram menos de 10% do contingente."

A policial fez vários cursos considerados masculinos, como o do Batalhão de Choque do Rio de Janeiro, conhecido pelo filme ‘Tropa de Elite". “No começo não me senti discriminada, meu primeiro contato com o universo masculino foi quando entrei na Rocan (Batalhão de Choque). Mas para mim não importa ser a única mulher, o que importa é fazer um trabalho bem feito. Assim consigo ser respeitada pelo que faço”.

Um aspecto que ela considera negativo na profissão é ter de se afastar da família. Por conta dos cursos e das funções assumidas, Socorro acaba ficando longe dos pais e da filha. Há dois anos está morando em Brasília e a filha, em Manaus. “Abri mão de conviver um tempo com a família por um ideal. Sinto muitas saudades, mas minha filha me dá muita força, ela torce por mim”.


Nesses 16 anos de profissão, Socorro tem muita história para contar. Uma das mais engraçadas, destaca, aconteceu enquanto fazia uma ronda. “O motorista que estava na viatura faltou e eu fui dirigindo. De repente, um carro apareceu buzinando. Reduzi para ver o que era. Uma mulher, aparentando mais ou menos 60 anos, acenou para viatura e gritou: esperei muito tempo para ver uma mulher na polícia!”.

Além de policial, Socorro participa de campeonatos de tiro. “Quando me veem no estande de tiro comentam: o que ela está fazendo aqui? Mas quando eu dou uns tiros falam: Poxa, ela sabe mesmo!”, diverte-se. Destemida, Socorro cita um pensamento que reflete bem o seu cotidiano: “Todos sabem que vão morrer, nós temos certeza disso”. Eita coragem, hein?
por Mulheres com Dilma




fonte: http://www.mulherescomdilma.com.br/?p=2427

2 comentários:

  1. É muito bom ver estas histórias, dá força para continuar batalhando pelo sonho.

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