sexta-feira, 1 de abril de 2011

Justiça favorece AGU para dar prosseguimento ao concurso da PRF


Concurso para 750 vagas está parado há um ano e meio.

AGU conseguiu bloqueio de bens de organizadora e rescisão de contrato.


A Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu na Justiça o bloqueio de R$ 3.791.637,72 nas contas e aplicações financeiras mantidas pela Fundação de Apoio a Pesquisa, Ensino e Assistência (Funrio), organizadora do concurso da Polícia Rodoviária Federal para 750 vagas,suspenso há quase um ano e meio por conta de brigas judiciais, após fraudes nas provas realizadas em outubro de 2009. Desde então, cerca de 110 mil candidatos aguardam o desfecho do concurso. A Funrio pode recorrer da decisão.
O valor é relativo às despesas previstas para pagamento de horas-aulas do curso de formação que não foi realizado. A 6ª Vara Federal do Distrito Federal considerou que a devolução do dinheiro é essencial para que a Polícia Rodoviária Federal dê seguimento ao concurso.
A AGU conseguiu ainda no Tribunal Regional Federal da 1ª Região a rescisão do contrato firmado entre a União e a Funrio após alegar descumprimento de cláusulas que visavam resguardar a legalidade do concurso.
A União ainda está pleiteando na Justiça que a Funrio apresente todos os relatórios contábeis de arrecadação referentes às inscrições, da prestação de contas e dados dos candidatos que tiveram suas inscrições confirmadas, para que se chegue ao valor total arrecadado referente aos 110 mil inscritos.
De acordo com a AGU, o valor deverá ser corrigido monetariamente e acrescido de juros. Além disso, a União quer o pagamento imediato de multa no percentual de 5% sobre o valor total das inscrições corrigida monetariamente e também acrescida de juros. O processo está em andamento na 6ª Vara Federal do DF. A Funrio teria pago à União R$ 1,8 milhão relativo à sua parte das inscrições.

De acordo com a AGU, o efetivo de 9.226 servidores da PRF é insuficiente para o atendimento das demandas. Desde 1996, foi registrado um aumento de 112% na frota nacional e a população sofreu um acréscimo de mais de 30 milhões de pessoas, ao passo que o número de servidores do órgão aumentou em apenas 4,84%. Por isso, diz a AGU, a paralisação do concurso tem causado sérios prejuízos à União, decorrentes do pagamento de diárias e passagens para policiais rodoviários.
Concurso arrecadou R$ 11 milhões
O concurso arrecadou cerca de R$ 11 milhões com taxa de inscrição. Em janeiro de 2010, a PRF rescindiu unilateralmente o contrato com a Funrio, alegando descumprimento por conta da quebra de sigilo da prova, e pediu a devolução de parte do dinheiro das taxas pagas pelos candidatos. No contrato está previsto que, dos R$ 100 de cada inscrição, R$ 16 seriam devolvidos à União e o restante ficaria com a Funrio para as despesas do concurso.

A Funrio, por sua vez, quer continuar na seleção. Diz que, após o surgimento de suspeitas de fraude, eliminou 27 candidatos que estariam envolvidos. A maioria estava na lista dos que obtiveram as melhores notas no exame. Esses candidatos haviam sido classificados na lista preliminar de aprovados na prova, mas, segundo a Funrio, os cartões de respostas deles estavam com as alternativas marcadas parecidas, aparentando terem vindo do mesmo gabarito. Os suspeitos ainda tinham feito as provas em salas extras de acordo com a procuradora, a PRF não tem como contratar outra organizadora sem que a Funrio devolva as quantias exigidas na Justiça.

4 comentários:

  1. Eu nao cheguei a fazer o concurso de 2009,mas, avalio que dar prosseguimento as proximas etapas daquele certame é explicitamente difamador para qualquer instituição! Vergonhoso, inegavelmente fraudulento,com vários vícios comprovados FAMIGERA A PRF.

    Para mim, "levar nas coxas" um concurso como aquele é um DEBOCHE ao L.I.M.P.E., aos concurseiros ( exceção: para quem passou...rsrs lógico que estes não querem saber de vício insanável) e a população em geral. No RJ, houve até candidatos que não conseguiram chegar até o local da prova, porque estavam acuados por um tiroteio que impedia a passagem das pessoas pela via que levava até a faculdade (local de realização da prova)entre outras aberrações já massivamente divulgadas.

    A AÇÃO DE LISURA,CORRETA E JUSTA seria: OU refazer o concurso - prova objetiva com outra organizadora, considerando as inscrições anteriores ( tá vendo..nem pode ser esta opção, pq as inscrições foram uma bagunça!) OU anular e fazer "novo concurso" ( o mais correto).

    Mas,...se considerar a pressa de resolver a questão de efetivo e política na PRF, estou apostando (a contragosto) que a PRF irá levar adiante para o TAF, OU SEJA, NÃO SERÁ FEITO O CORRETO E SIM O CONVENIENTE.
    É escabroso e decepcionante, mas pelo andar da carruagem...

    Gostaria de saber quantas possibilidades de sentenças recorríveis ainda se perpetuarão até chegar na trânsito em julgado.

    PARABÉNS PELO BLOG! MUITO BOM CONTEÚDO

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  2. Arqueira, concordo contigo em gênero, grau e número...

    Para mim, devia passar uma regua em tudo e começar do zero... quem passou sem fraudes e artimanhas vai conseguir passar novamente, pq conhecimento é capacidade, conquista de cada um... assim sendo, será aprovado novamente, mas de forma limpa, clara, justa...

    Mas como vc bem afirmou... a PRF tem pressa, então.. vão tocar o barco assim mesmo, dando um ar de "Justiça feita" com a rescisão do contrato com a FUNRIO.. e o povo, só engulindo sapo garganta adentro...

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  3. Por favor...eu quero um sapo pequeno e com sal!!...Odeio comida insípida. rsrs

    Realmente gostaria de saber quantas possibilidades de sentenças recorríveis ainda se perpetuarão até chegar na trânsito em julgado.

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  4. pior que só tem sapo gorrrrrrrdo!!!!

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