terça-feira, 15 de março de 2011

"Ahhh o AMOR!!" - O amor nas garras da lei


Os delegados da Polícia Civil Richard Serrano e 

Cássia Cancian se conheceram após uma perseguição e prisão.

E se apaixonaram...



Uma história de amor entre delegados de polícia, que surge em meio ao combate à criminalidade e à vida agitada de quem tem o dever de cuidar dos cidadãos. Com certeza, um romance como esse daria um belo enredo de novela ou um conto policial.
No entanto, e por mais incrível que pareça, essa é uma história real, que no último dia 4, no Buffet Mama Mia, em Bauru, acabou em casamento.
Richard Alberto Serrano, 41 anos, e Cássia Regina Viranda Cancian, 36, delegados da Polícia Civil, se conheceram de forma inusitada em 2006.
Richard estava com o seu carro na rua Araújo Leite, quando viu um indivíduo sair correndo da Delegacia da Mulher – que fica nessa rua.
O fugitivo havia agredido a sua mulher e prestava esclarecimentos no local. Ao terminar o depoimento, familiares da vítima atacaram o sujeito, que correu pela rua. Richard viu a cena e, mesmo à paisana, fez o seu dever como policial, prendendo o rapaz.
“Eu não sabia ao certo o que estava acontecendo. Apenas resolvi levar o fugitivo de volta à delegacia. Ao chegar lá, adivinha quem era a delegada?”, relembra Richard.
Era Cássia, sua futura mulher, que mal imaginava que aquele prestativo delegado se tornaria mais que um colega de profissão. “Naquele momento em que eu o conheci nem passou pela minha cabeça que poderíamos ter um relacionamento. Eu só estava admirada com a coragem que ele teve”, afirma.
Mesmo trabalhando na Polícia e sendo de Bauru, os dois nunca tinham se visto antes do primeiro e surpreendente encontro. “Em função do trabalho, tanto eu quanto ela ficamos um tempo em São Paulo ou em outras cidades. Demorou para gente se encontrar de fato”, explica Richard.
Compromissos profissionais afastaram o casal por quase três – eles só  se encontraram em uma confraternização da polícia, em 2009. “Estávamos solteiros. Começamos a conversar mais, principalmente sobre o episódio daquele fugitivo da Delegacia da Mulher e quando vimos  já estávamos casados”, diz Richard.
O casal é um exemplo de como profissionais da mesma área podem dar certo em uma relação. Geralmente, alguns casais reclamam da monotonia e dos mesmo assuntos que são conversados o tempo todo. “Nós nos falamos o dia inteiro. Um ajudando o outro a solucionar um caso, dando dicas e pedindo conselhos”, afirma Richard.
“A gente não precisa falar nada um para outro. Já sabemos como funciona a profissão. Então, não existem aquelas cobranças que uma pessoa que não é do meio policial faria”, analisa Cássia.
Para fugir da rotina estressante, o casal costuma organizar churrascos e aproveitar o convívio familiar.
Richard revela que a rotina do casal é tão estressante que eles trocaram a lua-de-mel por uma semana de descanso em um hotel-fazenda. “A vida na delegacia é sempre corrida. Por isso que é importante ter alguém que entenda isso quando eu chego em casa”, diz.
Perguntada se uma briga entre o casal poderia acabar em voz de prisão, Cássia sorri e afirma que a vida de policial é só da casa para fora. “A gente se ama muito para isso”, despista.

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