“No começo foi engraçado, logo que entrei na companhia não se via mulheres, éramos ainda em menor número que hoje”, conta a cabo. Além dela e da irmã outras três policiais femininas fazem parte da Cigcoe, porém todas estas atuam em funções administrativas.
As irmãs dizem que dentro da companhia não há distinção de tarefas para elas porque são mulheres. “As atividades físicas são as mesmas, a única diferença é que não fazemos barra”, afirma a soldado Anna Stegun. Além disso, a cabo Karolina já atuou como instrutora de natação para soldados da companhia. Nas atividades diárias de policiamento as policiais também estão em conjunto com os homens. Elas explicam que apenas a cabo Karolina atua no policiamento realizado na rua, uma vez que faz parte da Rotac; Anna trabalha no esquadrão anti-bombas com os cães e no policiamento em eventos, também com os animais.
Outra ressalva colocada na atuação das policiais é em operações realizadas dentro do presídio masculino de segurança máxima da Capital. “Porque lá a tensão psicológica é muito grande e atuação da Cigcoe acontece no choque, em casos de rebeliões”, explica a cabo.
Família
As irmãs contam que se sentem orgulhosas de atuar na Cigcoe e fazerem a diferença como mulheres na companhia. Anna Stegun, que está na PM há quatro anos e há dois na Cigcoe, afirma que o fato da irmã mais nova Karolina já estar na companhia também pesou na hora de se candidatar como voluntária para a transferência. “E também porque sempre quis trabalhar com cães, logo que entrei na PM esse era o objetivo”, diz a soldado membro da Roca.
Ambas dizem que a atuação na companhia não atrapalha o lado familiar: Karolina tem um filho de pouco mais de um ano e Anna está no quinto mês de gestação. “Mesmo depois de ter o meu filho não quis largar a atuação na Rotac, gosto de atuar na rua e tenho também minha mãe que sempre se dispôs a ajudar com o meu filho”, diz Karolina. Anna conta que um pouco de sua rotina na companhia vai começar a mudar por causa da gravidez, mas o trabalho não será deixado de lado.
“Logo que entrei na polícia não tinha noção do que era o militarismo, até porque ninguém na família fazia parte da PM. Quando entrava em formação para cantar o hino já sentia um arrepio e sabia que era isso mesmo que eu queria fazer. Hoje posso dizer que estou realizada profissionalmente”, conclui a cabo.
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