sexta-feira, 11 de março de 2011

Uma mulher no comando da Polícia


Cerca de 70% do efetivo policial no Distrito Federal é composto por homens, mas é uma mulher que está a frente de uma das corporações mais respeitadas. Mailine Alvarenga desde jovem trilhou o seu caminho na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), e hoje com 20 anos de carreira, é a primeira mulher a dirigir a corporação na cidade. “É o cargo máximo da instituição. Me sinto muito honrada com a missão e valorizada. Esse é o reconhecimento da minha capacidade como profissional”, disse.

Ela revela que a sua indicação surgiu da necessidade do atual governador Agnelo Queiroz em colocar na PCDF uma pessoa com um perfil diferenciado. “Tenho muita tranquilidade, tudo é muito profissional, não é o fato de ser uma mulher que seremos tratados de uma forma diferente. Sou respeitada, pois todos aqui são pessoas técnicas e comprometidas com o resultado do nosso trabalho. Me sinto muito honrada. A minha indicação ocorreu após uma avaliação do próprio governador que queria uma pessoa técnica. Não fiquei com medo. Acho que pelo fato de ser uma mulher guerreira e uma pessoa muito disciplinada, gosto de desafios”, explicou.

Segundo a delegada, o segredo para que ela pudesse se transformar em uma mulher de sucesso é decorrente do compromisso que sempre teve ao realizar as suas atividades. “Na minha carreira profissional, dentro desse contexto de segurança pública, eu queria cumprir o meu papel de polícia exercendo o meu trabalho com muita tranquilidade, afinco, por que sou uma pessoa  muito comprometida no que faço”, revelou. “Comprovamos que as mulheres podem ocupar qualquer lugar em vários pontos estratégicos, não só da administração pública, mas também da inciativa privada, as mulheres vem ocupando posições estratégicas como é o caso de Dilma Rousseff, que comanda um país inteiro”, lembrou.

LEI MARIA DA PENHA
DF é campeão de denúncias de violência


Apesar dos grandes avanços conquistados pelas as mulheres na sociedade, a violência doméstica ainda é um fator preocupante e Brasília possui um índice elevado de ocorrências dessa natureza. Dados da central ligue 180, da Secretaria de Políticas de Mulheres, constatou que o DF é proporcionalmente campeão de denúncias. Em 2009 foram 689 para cada grupo de 50 mil mulheres. Já em termos de homicídios femininos por 100 mil habitantes o DF ocupa o sétimo lugar.



Há cinco anos foi criada a Lei Maria da Penha e, segundo a  promotora de Justiça do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) Danielle Martins, o DF teve nesse período uma verdadeira revolução. Em termos de Judiciário e de MP foram criadas varas e promotorias de Justiça específicas que tratam da violência doméstica e familiar contra a mulher. “É um grande diferencial para a cidade em relação a outras unidades federativas, por que em outros locais não existe, apesar da lei ser nacional. O DF foi a primeira unidade a criar essa vara especializada.”, disse.



A promotora explica que o grande número verificado na capital ocorre porque as mulheres buscam mais os sistemas de justiça do que em outros lugares. “A violência é originária de vários lugares. Existe muitas idosas que são vítimas de violência por parte dos seus filhos e de pais que espancam filhas. Não existem apenas aquelas agressões que partem do esposo. Quando falamos de lei, é para coibir todo tipo de relação violenta que aconteça no ambiente doméstico”, conta a promotora.

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